1 Palavra do SENHOR que veio a Jeremias,
dizendo:
2 Dispõe-te, e desce à casa do oleiro, e lá
ouvirás as minhas palavras.
3 Desci à casa do oleiro, e eis que ele estava
entregue à sua obra sobre as rodas.
4 Como o vaso que o oleiro fazia de barro se lhe
estragou na mão, tornou a fazer dele outro vaso, segundo bem lhe pareceu.
5 Então, veio a mim a palavra do SENHOR:
6 Não poderei eu fazer de vós como fez este
oleiro, ó casa de Israel? —diz o SENHOR; eis que, como o barro na mão do
oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel. Jeremias
18:1-6
Dispor-se (levantar-se;
pôr-se de pé; ser provado)
Descer (ir para baixo; estar
prostrado)
Oleiro (aquele que molda;
que dá forma)
Descobrimos
que o processo de tornar-se um vaso de Deus é semelhante ao processo de
modelagem de um vaso de barro na roda do oleiro.
À medida
que somos moldados e formados de novo, através de uma desorientação em
movimento parafuso, podemos escolher permanecer na roda, e sermos moldados como
obras-primas de Deus, ou podemos nos retirar do processo e recusar o propósito
e a paz de Deus.
Muitos
de nós oramos: “Deus, quero fazer tua vontade!” Mas...
“Você nunca conhecerá a vontade de
Deus, até que primeiro a perceba na roda do Oleiro” Mark Handy.
Tudo na vida é um ciclo,
uma rotação; sistema de plantio e colheita; nascimento, vida e morte; a lua
gira em torno do sol; tudo no sistema solar gira em torno de algo; a criação de
Deus é criada em cima de uma roda.
Tudo que compõe o reino
de Deus está construído sobre uma roda. Se não percebemos isso, Deus nunca
poderá nos usar em Sua vontade. Não estamos apenas enfrentando problemas.
Alguém não nos escolheu apenas para falar mal de nós. Os dedos do oleiro estão
em nossos espíritos.
Libertação das trevas
para a luz é algo muito poderoso que aconteceu em nossas vidas, sentimos que é
a experiência mais maravilhosa; experimentarmos o arrependimento; somos
perdoados e batizados, mas o novo nascimento não é o fim; não nos aperfeiçoa,
ele é somente um início infantil de nosso despertar para a vida espiritual.
1
Por isso, pondo de parte os princípios elementares da doutrina de Cristo,
deixemo-nos levar para o que é perfeito, não lançando, de novo, a base do
arrependimento de obras mortas e da fé em Deus, 2 o ensino de batismos e da imposição de mãos,
da ressurreição dos mortos e do juízo eterno. Heb 6:1-2
Devemos seguir para
perfeição, após experimentarmos essas coisas. Podemos viver uma poderosa
restauração porque temos uma fundação sólida. Construir em cima disso. O prédio
não é perfeito só porque tem uma boa fundação; há um prédio a ser construído!
Se não percebemos a
roda de Deus, ficaremos confusos, transitando apenas na experiência inicial do
novo nascimento.
A oração deve ser a
base de toda a decisão a ser tomada em nossas vidas. Deus responde quando o
buscamos sinceramente. Oramos contra nós mesmos, quando oramos pela vontade de
Deus. Ele nos ouve, e nos joga bem no meio de Sua roda, e Suas mãos começa,
então, e exercer pressão em certas áreas de nossas vidas, nos moldando, nos
disciplinando...
Uma vez em cima da roda
de Deus, devemos nos render ao movimento que Deus está fazendo; se não
perseverarmos até o fim, se não suportarmos a correção do nosso Pai, talvez
sejamos filhos ilegítimos.
5
e estais esquecidos da exortação(consolação,
aproximação, encorajamento) que, como a filhos (Huios*),
discorre convosco: Filho meu, não menosprezes a correção que vem do Senhor, nem
desmaies(desanimar, perder a esperança, desprender-se,
tornar-se livre) quando por ele és reprovado; 6 porque o Senhor corrige (treina) a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe
(reconhece como legítimo). 7 É para disciplina que perseverais (Deus vos
trata como filhos); pois que filho há que o pai não corrige? 8 Mas, se estais sem correção, de que todos se
têm tornado participantes, logo, sois bastardos e não filhos. 9 Além disso, tínhamos os nossos pais segundo a
carne, que nos corrigiam, e os respeitávamos; não havemos de estar em muito
maior submissão ao Pai espiritual e, então, viveremos (vida
verdadeira)? 10 Pois eles nos
corrigiam por pouco tempo, segundo melhor lhes parecia; Deus, porém, nos
disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes da sua santidade.
11 Toda disciplina, com efeito, no
momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois,
entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto
de justiça. Heb 12:5-11
(Huios)
aqueles cujo caráter Deus, como um pai amoroso, desenvolve através de correções
(#Hb 12.5-8)
aqueles
que reverenciam a Deus como seu pai, os piedosos adoradores de Deus, aqueles
que no caráter e na vida se parecem com Deus, aqueles que são governados pelo
Espírito de Deus, que repousam a mesma tranqüila e alegre confiança em Deus
como os filhos depositam em seus pais (#Rm 8.14, Gl 3.26), e no futuro na
bem-aventurança da vida eterna vestirão publicamente esta dignidade da glória
dos filhos de Deus. Termo usado preeminentemente de Jesus Cristo, que desfruta
do supremo amor de Deus, unido a ele em relacionamento amoroso, que compartilha
seus conselhos salvadores, obediente \a vontade do Pai em todos os seus atos –
Biblia On-Line – Strongs.
A carta
de João retrata a natureza
e vida do cristão, a qual deve ser em sua essência a mesma que a de
Cristo, que provinha de Deus, portanto era divina. Em contrapartida, Hebreus retrata a posição ao
invés da natureza do cristão; e mostra seu chamado celestial e seu acesso a Deus, em contraste com o
chamado terreno e distância de Deus dos israelitas.
Consequentemente,
encontramos João usando a palavra teknon — criança — cuja
expressão é própria, derivada da vida e natureza infantil. Já em Hebreus, temos
huios — filho maduro (Cristo) — indicativo de sua posição
e dignidade, a qual um filho possui na casa de seu pai. A palavra "teknon"
carrega mais a ideia de intimidade interna, características morais e naturais,
vida em comunidade, enquanto a palavra "huios" dirige
a mente para uma posição oferecida ou reconhecida e sua dignidade resultante
dela. Uma criança se deleita na intimidade e afeição da família, um filho
deverá se submeter à autoridade dos pais (Heb 12), mas será exposto na
manifestação dessa glória (Heb 2:10) Em Romanos 8:19-21, encontramos essa
distinção trazida à tona cuidadosamente, quando lemos a respeito da “
libertação dos filhos (teknon) de Deus”, em contrapartida à “manifestação dos
filhos de Deus”.
Ele
treina, disciplina a todo filho que recebe. Não importa a doença, o diagnóstico
médico, a ameaça de morte, nem quantos tolos te cercam... A certeza de estar
sob a sombra do Onipotente e saber que Ele é o oleiro, e que você está em Sua
roda, isso irá te sustentar.
É
essencial que percebamos essa realidade e verdade, caso contrário, tudo o que
Deus faz em nossas vidas para criar confiança, amor, e fé vai ser tornar raiva,
amargura, desapontamento, dúvida e medo. Tudo o que podemos fazer, então, é
voltar para o fundamento da Verdade e dizer: “Vem, Jesus, socorre-me”.
Quando
nos vemos rodando, e rodando, normalmente oramos na direção contrária: “Deus,
tire-me daqui!” Se não percebemos a roda de Deus, uma oração cancela a outra.
Qual oração você quer que Deus ouça?
Lucimara Zanini Soares